Os preços dos produtos agrícolas sobem no mercado internacional, a FAO alerta que ainda há uma boa parcela da humanidade passando fome e que a população continua crescendo, e o governo brasileiro não ouve os mais importantes dentre os seus próprios órgãos – a EMBRAPA!
Similar, só o emburrecido governo Bush que mandou a NASA tirar do ar informações sobre mudanças climáticas. Afinal, quem é a NASA para querer falar desse assunto?
Talvez por razões eleitorais (os votos encontram-se no meio urbano),o governo acaba ouvindo ONGs gringas e ambientalóides urbanos que preferem dizer que o substitutivo elaborado por uma Comissão do Congresso Nacional é de autoria do deputado Aldo Rebelo porque para o público leigo – tanto em meio ambiente quanto em produção agro-florestal – é mais fácil demonizar uma pessoa do que a própria instituição. Não vão, é claro, dizer que ao longo do processo de elaboração da proposta de revisão do Código que nunca foi votado ocorreram cerca de 60 audiências públicas nas mais diversas regiões do país e foram ouvidos representantes de todos os segmentos da sociedade.
Como sonegar essas informações e preparar um projeto no tapetão é uma atitude com ares de democracia feudal – com mais impressão do que realidade democrática, e grupos partidários e outros exercendo o papel de senhores feudais -, vale rever, calmamente, uma excelente apresentação feita perante o Congresso Nacional pela equipe da EMBRAPA – Monitoramento por Satélite onde ficou demonstrado, entre outras coisas, que somadas as áreas indígenas às unidades de conservação mais de 46% da área total da Amazônia já se encontra legalmente protegida.
Abaixo a apresentação intitulada Alcance Territorial da Legislação Ambiental e Indigenista. Ela é importante para quem gosta de conhecer FATOS, e não apenas de bater tambores. Essa apresentação é especialmente importante para estudantes, mas é igualmente útil para todos os cidadãos que vivem em áreas urbanas.
(A apresentação acima pode ser baixada em três partes: parte1 | parte2 | parte3)
Os estudos elaborados pela EMBRAPA – Monitoramento por Satelite evidenciaram que com os requisitos do Código Florestal generalista sobram apenas 29% do território brasileiro para a produção rural. E desses devem ser deduzidas as áreas urbanas, as áreas militares, e as áreas utilizadas para a infra-estrutura (com rodovias, ferrovias, portos, e os imensos reservatórios das hidrelétricas)! Para não falar, é claro, da produção mineral e das vastas e crescentes partes do território utilizadas para a produção de celulose por grupos nacionais (do tipo Klabin) e estrangeiros, ou da competitividade brasileira na produção de etanol e, talvez, biodiesel.
Além de ser serem deduzidas destes 29% as áreas urbanas, as áreas militares, e as áreas utilizadas para a infraestrutura, deve-se descontar também as áreas invadidas, ai a porcentagem de terras passiveis de produção tem um declínio significativo.